Introdução
1º Carta - 00:12h
30 de Maio de 2001, 00:42h
Assim disseram alguns certa vez: "Cá lê-se palavras de um poeta". E para que a decepção chegasse até eles disse-lhes eu: "Poeta não sou, e assim jamais será". Calaram-se as mentes, ficaram então questões pendentes, que a alma aqui revela, a razão de não o ser: diz aqui tão só um sonhador, estes que palavras definhas e que a alma apodrece, escreve tão somente desejos, tão somente paixões, e assim não pensa em mais nada, sendo diferente do poeta e trovador, pois sabem de tudo um pouco e de um pouco de tudo, e este que quis escreve-vos de nada se sabe e nada conhece, prova se estas palavras que a confusão é constante e não sabeis sequer distinguir amizade de paixão e paixão de amizade, sou o que se conhece por 'tolo de amor', e se assim o coração chora a ferida aberta é por tantas decepções e a chama de tantas paixões, esta que nestas águas natais se conhece por ilusões, pois falo de amor sem jamais o conhecer, se o conheço não me sinto amado, então não pode ser amor, este que se diz terno e eterno. Se algo ainda palpita e queima no coração, chamo de dor, a causa de um vírus chamado uma vez mais confusão, a conhecida traiçoeira, e se a segunda pele ainda sangra, é com as armas que vos apresentei e que cortei-me, e assim é por todos os dias, todas as noites e todos os momentos, e assim se conhece a maré de sangue por crônicas poéticas e amores não declaradas, e conta uma lenda sobre algo chamado cicatrizes e outros versos.
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