Ainda vereis o dia em que a noite é tranqüila
Estarei vestido á rigor de um terno fino
Violetas perfumarão o portal de meu jazigo
Dormirei um sono sem sonhos de realidades cristalinas
Perguntarão criancinhas inofensivas as suas genitoras surpresas
“De que morre tão jovem face, querida mãezinha?”
E responderão atormentadas as senhoras abaladas:
“Morre-se de amor por loucuras franzinas...”
E tocarei em teus sonhos mudas canções
E sussurrarei em teus ouvidos não declaradas paixões
E guiarei os teus passos por lindos salões
E quando a tinta acabar e a vida se for para sempre
Sentarei na tua cama e cantarei em teu leito dormente
Os sete cantos da meia-noite te acompanhando eternamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário