quinta-feira, 12 de março de 2009

Os Sete Cantos da Meia-Noite VII

Ainda vereis o dia em que a noite é tranqüila
Estarei vestido á rigor de um terno fino
Violetas perfumarão o portal de meu jazigo
Dormirei um sono sem sonhos de realidades cristalinas

Perguntarão criancinhas inofensivas as suas genitoras surpresas
“De que morre tão jovem face, querida mãezinha?”
E responderão atormentadas as senhoras abaladas:
“Morre-se de amor por loucuras franzinas...”

E tocarei em teus sonhos mudas canções
E sussurrarei em teus ouvidos não declaradas paixões
E guiarei os teus passos por lindos salões

E quando a tinta acabar e a vida se for para sempre
Sentarei na tua cama e cantarei em teu leito dormente
Os sete cantos da meia-noite te acompanhando eternamente.

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