Sinto um metal gélido roçando em minha cabeça
E escuto um clique, depois um feixe de luz me invade
O silêncio domina o ar insípido que não mais respiro
Vejo o meu corpo no chão banhado em sangue de saudades
Ouço sirenes invadindo o meu quarto
Homens fardados arrombam a porta
Carregam o meu corpo para uma ambulância
Observam-me através da face morta
Vejo minha mãe chorar no corredor do hospital
Ouço o grito de revolta no coração de quem me ama
Ouço o urro de triunfo na alma de quem me odeia
Ouço vozes de demônios que pelo nome me chama
No funeral vejo muitas pessoas conhecidas
Rezando para a salvação de minha alma perdida
Derrubando lágrimas hipócritas para algo a qual não acredita
Vejo a razão de minha morte por entre as sombras escondidas
Lá está o meu amor que fugiu de mim em vida
E com o rosto entristecido vem jurar arrependimento
Finjo acreditar que ela me ama neste momento
Para descansar em paz e encerrar todo o tormento
Até que a vida nos separe e até que a morte nos uma
Estarei mediano no limiar da eternidade como o teu guardião
Farei votos do outro lado para uma infinita paixão
Escreverei poesias para tua imagem nesta reluzente escuridão
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