
Dentre estas questões temos algumas que são responsáveis por associar o agnosticismo como uma posição religiosa: Deus, o Infinito e o Absoluto. Dentre estes três conceitos o agnóstico acredita que tanto os esclarecimentos formulados pela ciência quanto os formulados pelas religiões podem ser igualmente verdadeiros ou falsos, portanto a melhor maneira seria não concluir algum raciocínio em relação à isto, visto que estes assuntos estão para além de nosso mundo, portanto para além de nosso conhecimento.
Neste contexto, ao tratarmos especificamente de Deus, ao questionar sua existência o agnóstico diz que há tantas possibilidades desta entidade superiora existir como há tantas outras de não existir. A chave para o entendimento do agnosticismo neste ponto é: existem evidências que provem a existência de Deus no mundo físico? Não. Porém, Deus pertence ao mundo metafísico. Neste caso pode a ciência provar que ele não existe? Também não, afinal qualquer assunto metafísico é impenetrável pela ciência.
Quem criou o termo foi o inglês Thomas Henry Huxley, biólogo evolucionista e principal defensor da Teoria da Evolução de Charles Darwin - outro que admitiu ser agnóstico em uma carta, que após participar de uma reunião em 1876 da chamada Sociedade Metafísica, chegou a conclusão que alguns problemas desta origem jamais seriam resolvidos, pois após a reunião grande parte dos participantes acreditavam ter alcançando uma certa "gnose" que lhes permitiam ter segurança o suficiente para resolver os problemas da existência, enquanto T. H. Huxley não havia sido convencido. Por isto, agóstico é uma palavra que serve de antítese para gnose.
Embora o pai da palavra tenha sido considerado T. H. Huxley, o conceito já havia sido demonstrado antes. Temos como exemplo Spencer, que em 1862, na primeira parte de sua obra Primeiros Princípios, dizia que a realidade ultima, aquela força misteriosa que é encontrada em todos os fenômenos naturais, era inacessível. O filósofo alemão Immanuel Kant também dizia que a coisa em si estava para além do conhecimento humano. Ou seja, há o conceito-limite.
Dentre as questões metafísicas insolúveis, para o alemão Du-Bois Reymond estariam as seguintes: origem da matéria, origem e surgimento da vida, origem do movimento, origem da sensibilidade e da consciência, origem do pensamento racional e da linguagem e a liberdade do querer). Percebam que estes problemas gerados pela metafísica não são relevantes para o desenvolvimento da ciência. Portanto elas não precisam se contradizerem ou duelarem, basta que religião e ciência cuidem cada uma de seus assuntos e não se encontrem.
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