sábado, 25 de julho de 2009

O Cientificismo para o Agnóstico


Nos dias atuais temos a ciência como principal referência de conhecimento seguro em benefício dos seres vivos. Através de métodos ciêntificos, você testa, calcula, vislumbra, analisa e modifica uma série de novas descobertas que muitas vezes abrem um novo caminho para ser explorado.

De fato, graças a ciência o mundo proporciona mais conforto e uma espectativa de vida maior em relação aos nossos antepassados. O corpo humano vai sendo explorado e cada vez mais conhecemos como funciona as nossas funções vitais: aquilo que não trabalha bem a ciência passa a investigar para oferecer uma solução.

A ciência faz em seus laboratórios aquilo que muitas religiões gostariam de apresentar aos seus fieis: milagres palpáveis. A ciência realmente é belíssima quando trabalha próxima ao mundo terrestre ao nos oferecer uma série de regalias inéditas na história. O problema maior reside quando algumas pessoas tentam valer da ciência para tentar alcançar objetivos maiores do aqueles que ela propõe a se resolver.

A ciência por ela mesma está distante do mundo da crença, tanto é que uma série de teólogos foram cientístas brilhantes – como diversas vezes mencionados nesta série de artigos sobre agnosticismo – que contribuiram com grandes avanços para a humanidade no sentido físico do universo. Porém há uma série de ateus, não todos, que valem da ciência para tentar desbancar o conceito de Deus. Aqui eu retifico que há uma nova igreja: o cientificismo.

Para os devotos deste fundamentalismo exarcebado – perigoso como todos os demais fundamentalistas – eu tentarei fazer uma reflexão baseada em certas questões. Vamos com a primeira: qual o sentido de provar que Deus não existe?

Segundo os religiosos, Deus não se prova, apenas se sente. Ao utilizarmos da etimologia da afirmação, uma vez que Deus não se prova, Deus é improvável. Neste caso qualquer esforço que se faça diante desta afirmação é improdutivo, pois a única maneira de obter conhecimento de sua existência é através de fé e da própria experiência de vida de cada um – pois este é o meio que a divinidade transita.

Portanto não há sentido em provar que Deus não existe. Então qual seria a motivação de provar a inexistência? A religião não mais atrapalha o desenvolvimento da ciência, uma vez que com o surgimento dos países laícos, que são os grandes polos culturais do mundo, eles perderam toda a sua força. Então o discurso batido de “a igreja é inimiga da evolução” (no artigo anterior eu afirmei a minha descrença em relação à isto) não deve ser temido.

A única motivação que eu vejo, e que eu receio muito, tem origem maligna: apenas para tirarem a suposta “venda” dos olhos daqueles que acreditam num plano superior. Para que isto? Neste caso para quê forçar a pessoa a descrer em algo que para si é tão caro? O que acham que conseguiriam? Será que vocês esperam que com isto o povo passará a agradecê-los e considerá-los novos heróis? Ou seria apenas para sustentar o próprio ego? Um trunfo para a racionalidade?

Percebam que este tipo de ciência não é bem vinda, pois ela não é construtiva, somente destrutiva. Ela não pretende oferecer uma solução, apenas dizimar mitos. É niilista não-progressiva. A ciência caminha muito bem, independente da existência da igreja.

Esta espécie de ciência negra, uma vez que é motivada pelo ódio, não pode ser bem-vinda. Bem-vinda é aquela ciência positiva que trás reais avanços para a saúde e para o bem estar da humanidade.

Fora cientificismo! Bem-vindo ciência!

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