O segundo episódio de Band of Brothers começa exatamente
aonde termina o anterior: com os aviões indo em direção a Normandia para que os
paraquedistas americanos, britânicos e canadenses pudessem saltar e ingressar
em definitivo na campanha.
Atenção, a descrição abaixo contém spoilers, muito embora não seja nada mais do que um relato de um assunto de conhecimento geral.
Novamente, a cena é magistral e dá frio na barriga: o
momento é de mais pura tensão. A primeira fez que surge a luz vermelha em dos
aviões é de arrepiar – eu levei às mãos a cabeça, como se o meu time fosse
cobrar um pênalti num jogo de futebol. Quando ficou verde então, quase tive um
colapso.
Como pano de fundo, parecia que os aviões estavam entrando
direto no inferno. Bombas, artilharias, pessoas sendo atingidas, paraquedistas
sendo mortos por rajadas durante o salto, aviões sendo totalmente destruídos,
enfim, eram cenas do apocalipse.
A sensação é que não há como sobreviver em meio à recepção
da base alemã. Como resultado da defensiva, as Companhias chegam ao solo
totalmente fora de posição. Aquilo que havia sido combinado acaba por se
desfazer, sendo que muitos soldados ficam distantes um dos outros, precisando
contar com suas intuições, além da sorte, para chegar ao local combinado.
Dentre eles está o tenente Winters, o bravo líder mencionado
brevemente no artigo anterior, que desembarca perdido, mas logo se dá com o
soldado Hall, da Companhia A – como ambos estavam perdidos, o mesmo se unem
para chegar ao ponto de encontro. Diante de muita tensão, alguns soldados vão
se encontrando e formando um pequeno pelotão. No caminho, alguns alemães são
vistos e emboscados – sendo que há uma primeira insubordinação quanto à
liderança de Winters, que observa um dos seus soldados abrirem fogo sem que a
ordem fosse respeitada – inclusive contra um soldado alemão que havia se
rendido.
Entretanto eles chegam à base intactos. Logo na entrada, uma
cena inusitada: alguns soldados alemães estão rendidos, e um dos soldados da
Companhia Easy faz uma piadinha com eles, dizendo de onde eles são. Um responde
que é exatamente dos EUA, de uma região muito próxima a um dos soldados da
Easy.
O mesmo fica espantado e vai puxar assunto com o alemão,
tentando descobrir mais dele. Tamanha é a proximidade, que ele mesmo se
convence que os seus familiares devem conhecer os familiares dele, então um
clima amistoso é criado. Ao questionar o que o soldado “alemão americano”
estava fazendo ali, o mesmo responde que é graças aos seus pais, que eram
alemães e que responderam a convocação da pátria.
Quando o papo não poderia ser mais descontraído, eis que
abrem fogo contra os reféns alemães e todos são mortos. Isto aí que é a guerra.
Um bando de gente inocente lutando por aqueles que se escondem atrás das mesas
e patentes e por entre planos de papel - alguns por mérito, outros por pura politicagem.
A Companhia Easy é destacada para participar de um episódio
conhecido como “Assalto à Brécourt Manour”. A campanha foi elaborada pensando
em inutilizar quatro canhões alemães que estavam dizimando a tropa aliada assim
que eles desembarcavam na praia de Utah.
Estes canhões estavam protegidos por diversas trincheiras e
casamatas, o que dificultava a ação da Companhia Easy, comandada agora por
Winters, que elaborou uma estratégia de ataque: dividiu a sua equipe em três,
sendo que cada uma atacou por um lado.
Então, cada equipe ia percorrendo uma trincheira e
inutilizando os canhões com explosivos. Ao término os próprios alemães estavam
se atacando pensando que era o inimigo que estava do outro lado. A estratégia
foi muita valida do ponto de vista tático, visto que confundiu o inimigo. Além
disto, foi bem executada, visto que a única baixa do lado alemão foi o soldado
Hall, da Companhia A, que havia se aliado à Companhia Easy por ainda não ter
encontrado os seus colegas.
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