domingo, 21 de agosto de 2011

Band of Brothers II: Day of Days



O segundo episódio de Band of Brothers começa exatamente aonde termina o anterior: com os aviões indo em direção a Normandia para que os paraquedistas americanos, britânicos e canadenses pudessem saltar e ingressar em definitivo na campanha.

Atenção, a descrição abaixo contém spoilers, muito embora não seja nada mais do que um relato de um assunto de conhecimento geral.

Novamente, a cena é magistral e dá frio na barriga: o momento é de mais pura tensão. A primeira fez que surge a luz vermelha em dos aviões é de arrepiar – eu levei às mãos a cabeça, como se o meu time fosse cobrar um pênalti num jogo de futebol. Quando ficou verde então, quase tive um colapso.

Como pano de fundo, parecia que os aviões estavam entrando direto no inferno. Bombas, artilharias, pessoas sendo atingidas, paraquedistas sendo mortos por rajadas durante o salto, aviões sendo totalmente destruídos, enfim, eram cenas do apocalipse.

A sensação é que não há como sobreviver em meio à recepção da base alemã. Como resultado da defensiva, as Companhias chegam ao solo totalmente fora de posição. Aquilo que havia sido combinado acaba por se desfazer, sendo que muitos soldados ficam distantes um dos outros, precisando contar com suas intuições, além da sorte, para chegar ao local combinado.

Dentre eles está o tenente Winters, o bravo líder mencionado brevemente no artigo anterior, que desembarca perdido, mas logo se dá com o soldado Hall, da Companhia A – como ambos estavam perdidos, o mesmo se unem para chegar ao ponto de encontro. Diante de muita tensão, alguns soldados vão se encontrando e formando um pequeno pelotão. No caminho, alguns alemães são vistos e emboscados – sendo que há uma primeira insubordinação quanto à liderança de Winters, que observa um dos seus soldados abrirem fogo sem que a ordem fosse respeitada – inclusive contra um soldado alemão que havia se rendido.

Entretanto eles chegam à base intactos. Logo na entrada, uma cena inusitada: alguns soldados alemães estão rendidos, e um dos soldados da Companhia Easy faz uma piadinha com eles, dizendo de onde eles são. Um responde que é exatamente dos EUA, de uma região muito próxima a um dos soldados da Easy.

O mesmo fica espantado e vai puxar assunto com o alemão, tentando descobrir mais dele. Tamanha é a proximidade, que ele mesmo se convence que os seus familiares devem conhecer os familiares dele, então um clima amistoso é criado. Ao questionar o que o soldado “alemão americano” estava fazendo ali, o mesmo responde que é graças aos seus pais, que eram alemães e que responderam a convocação da pátria.

Quando o papo não poderia ser mais descontraído, eis que abrem fogo contra os reféns alemães e todos são mortos. Isto aí que é a guerra. Um bando de gente inocente lutando por aqueles que se escondem atrás das mesas e patentes e por entre planos de papel - alguns por mérito, outros por pura politicagem.

A Companhia Easy é destacada para participar de um episódio conhecido como “Assalto à Brécourt Manour”. A campanha foi elaborada pensando em inutilizar quatro canhões alemães que estavam dizimando a tropa aliada assim que eles desembarcavam na praia de Utah.

Estes canhões estavam protegidos por diversas trincheiras e casamatas, o que dificultava a ação da Companhia Easy, comandada agora por Winters, que elaborou uma estratégia de ataque: dividiu a sua equipe em três, sendo que cada uma atacou por um lado.

Então, cada equipe ia percorrendo uma trincheira e inutilizando os canhões com explosivos. Ao término os próprios alemães estavam se atacando pensando que era o inimigo que estava do outro lado. A estratégia foi muita valida do ponto de vista tático, visto que confundiu o inimigo. Além disto, foi bem executada, visto que a única baixa do lado alemão foi o soldado Hall, da Companhia A, que havia se aliado à Companhia Easy por ainda não ter encontrado os seus colegas.

A Companhia Easy, ainda fragmentada, nada sofreu. Além disto, foi encontrado um mapa alemão que entregava a localização de todos os canhões espalhados pela Normandia, o que foi utilizado pela inteligência e possibilitou grande sucesso na estratégia realizada por outras companhias.

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