sábado, 10 de novembro de 2007

A Tempestade e A Dama de Vermelho

Silêncio, escuridão profunda, ambiente tenso,
Centenas de espelhos refletem apenas o negro,
A tempestade se aproxima ou somente a saudade.

Surge um cintilante azul, também algo que ruge
Pode ser a esperança, pode ser a desconfiança
Saber que nada é certo, não é isto que espero.

É morte, é sorte, ou é uma chance ao alcance
De fazer diferente - ainda que pouco se tente -
Valer a vida que não vale nada ao sofrer.

Antes mesmo de pensar, recomeçar ao distante,
Uma mão suave não permite que eu me cale
Ela me puxa, ela não escuta, ela é confusa.

Dama de vermelho, vivencie os teus desejos,
É tempo de secar as lágrimas, aprecie o alento
E deixe fluir teus sentimentos, o teu alimento.

Surje então a luz cintilante, cegos num instante,
Não mais nos enxergamos, sozinhos agora estamos
Só lhe vejo na escuridão, na luz perco a visão.

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