sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Crônicas Poéticas e Amores Não Declarados: Introdução

"Crônicas Poéticas e Amores Não Declarados" é um trabalho composto por quatro cartas endereçadas à ninguém e desenvolvidas por mim a partir da 0:00h do dia 30 de Maio de 2001.

Assim como em "O Sanatório", elas foram construídas num momento bem especial. Naquela época, vivenciava diversas paixões ao mesmo tempo, e ainda assim não conseguia sentir aquele sentimento conhecido por todos como amor.

Embora fosse um momento mais sereno, também era urgente. Procurava respostas sem saber para quais perguntas e esperava encontrar o conforto para apaziguar a minha alma em braços de estranhas mulheres. Mas estes abraços não atingiam o meu ser. Era tudo tão vazio e tão distante. Não me sentia amado por ninguém.

Na época, minha mente estava empesteada por Fernando Pessoa e Florbela Espanca, do primeiro estava terminando a leitura de "O Livro do Desassossego" do seu heterônimo Bernardo Soares, da poetisa portuguesa relia pela quinta vez o "Poesias Reunidas". Uma frase de Fernando Pessoa não saia de minha cabeça: "E talvez eu não seja senão um sonho deste alguém que não existe". Da Florbela Espanca, a sensação de desencontro e as frustadas tentativas de se acolher em outro alguém.

Então resolvi escrever. Escrever as cartas que gostaria de ter escrito para este alguém que estava aguardando sem saber quem seria. Senhoras e senhores, apresento-lhes Crônicas Poéticas e Amores Não Declarados em quatro partes.

1º Carta - 00:12h
2º Carta - 00:42h

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