Neste final de semana estava remexendo algumas caixas de coisas antigas, afins de procurar algum material antigo que pudesse apresentar sobre Ivan Hermano, e achei escritos que valem a pena ser publicados.
A grande parte destes escritos (quase todos poemas) foram escritos entre 1999 e 2002, que representa um período delicado em minha vida. Um período bem negro, de desencontros e ilusões. Creio que foi durante este período que comecei a perceber os conceito de multi-universo, de multi-realidades e multi-dimensões. Admito que quase enlouqueci. Quase não passei por este período com vida. Não conseguia entender mais nada.
Nesta época ia para festas e sofria ao ver tantas pessoas sorrindo, - gargalhando - bebendo, se beijando e eu mesmo não conseguia me sentir como parte daquilo. Queria ser feliz como eles, mas não conseguia! Muitas vezes eu também bebia, beijava e gargalhava, mas era como uma peça de teatro: por dentro um vazio, um grande buraco de escuridão.
Depois que chegava em casa, geralmente entre três e cinco horas manhã, entrava em meu quarto e o silêncio era perturbador. Doia de tanta quietude. Então ligava meu som e escrevia algumas coisas, muitas delas não tinham muito nexo, afinal o que eu precisava era apenas escrever. Chora através de minhas mãos. Dentre estas coisas saiu um conjunto de pequenos poemas a qual eu chamei de "O Sanatório", justamente porque quando escrevi estava muito fora de mim, graças a melancolia aliada aos efeitos de uma noitada paulista.
E eis que lhes apresento "O Sanatório" em quatro partes.
Divirtam-se!
Clique aqui para ler "O Sanatório: Parte 1 de 4"
Clique aqui para ler "O Sanatório: Parte 2 de 4"
Clique aqui para ler "O Sanatório: Parte 3 de 4"
Clique aqui para ler "O Sanatório: Parte 4 de 4"
Conheço bem esta sensação. Muitas vezes, compramos das pessoas e da mídia que aquele agito todo é legal. Ok, pode até ser vez ou outra. Mas nas demais vezes, estamos lá apenas para sentir que também estamos curtindo, aproveitando. Nem sempre é assim. Às vezes o que a gente precisa é justamente o pacífico, o tranquilo, de forma que possamos achar aquilo que realmente está fazendo falta. Estou falando por mim, claro... visto que o seu caso é diferente. Mas é normal se perder às vezes...
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