domingo, 10 de fevereiro de 2008

O Sanatório: Parte 1 de 4

Clique aqui para ler "O Sanatório: Breve introdução"
Clique aqui para ler "O Sanatório: Parte 2 de 4"
Clique aqui para ler "O Sanatório: Parte 3 de 4"
Clique aqui para ler "O Sanatório: Parte 4 de 4"

I
Penso; repenso; propenso;
A janela aberta
Dilui o cheiro de incenso.
Este, acendo por derivas.
O inútil pensamento
Vaga pelo fútil espaço
Liberando excremento.

II
Procuro; perco; encontro
Sobre a mórbida terra
A tinta que conta o conto,
Queima o paraíso no inferno
O odor - este que me faz tonto -
Alucina a semente morta
Assim conta o conto...

III
Duas peças, duas tragédias
O anjo profano - pecador
O diabo sagrado - salvador
Não diz-me a média!
Esta vagabunda soror
Sorvimos-lhe o sabor -
Beijei-lhe a cona as cégas

IV
És verde a cor do declínio
A ascensão do delírio
Sangra a palma o vidro moído
O prazer do veneno dissolvido
Sussurra no chamado ouvido
A voz que percorre os trilhos:
"Este chama-se Absinto".

Nenhum comentário:

Postar um comentário