sábado, 8 de março de 2008

Crônicas Poéticas e Amores não Declarados: Parte 4 de 4

Introdução
1º Carta - 00:12h
2º Carta - 00:42h
3º Carta - 01:31h

30 de Maio de 2001, 18:27h

De tantas pessoas - e quantas! - há apenas uma que se destaca em meio à escuridão, é esta que ilumina os becos da cidade e que inspira um raio de luz a clarear o quarto por uma fresta. E aqui ultrapassam os dez milhões, que são os corações de São Paulo, e assim ainda é pouco se de tantos eu só vejo você. E nestes outdoors que infestam as ruas, eu só enxergo o teu nome, e de tantas trevas que circulam ao redor, ainda há espaço para sorrir e se alegrar enquanto vejo a tua imagem, ainda esprime o odor das flores nestes ares insípidos enquanto tu ainda existir para mim. E eu que não podia não ver nada mais belo, vejo cá este Estado como a suprema beleza, quando os prédios e as paredes estão pintadas com as tuas cores. E eu que até então era um cego, já sou digno de enxergar o teu corpo. E eu que até então tinha medo do escuro. já não mais o tenho, pois nestas noites minhas, você sempre aparece para guardar o meu sono, e caminha em meu sonho o dia que cairás em meu braço para todo o infinito, sendo este dia de comemorar o momento de libertar nosso mundo das dores. E quando assim for, só se verão lágrimas de emoção, de paixão, não mais de solidão, pois destas águas paulistas já não beberei, mas sim da fonte do amor que se encontra em São Paulo, tão ao meu lado, tão distante, que assim vejo te, mas assim não a sinto, pois verás o dia que o quadro mudará, para que viva o nosso mundo a sonhada utopia dos corações.

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