O Positivismo Lógico, conhecido também como Empirismo Lógico, é um movimento filosófico instaurado pelo chamado Circulo de Viena" e que influenciou uma série de pensadores na maneira de resolver problemas relacionados à lógica.
O Positivismo Lógico reduz a filosofia à apenas uma tarefa, que é a análise da linguagem, sendo que duas tendências são ramificadas: A análise da linguagem normal e comum (ou aquela que utilizamos no dia-a-dia) e a análise da linguagem científica.
Uma das características mais marcantes no positivismo é negar qualquer enunciado metafísico. Isto porque a metafísica não pode ser verificada, e sendo assim, é totalmente desprovida de sentido. Como já dissemos antes, o Positivismo Lógico é uma corrente empirista, onde as coisas se dão na experiência, ou seja, é coerente que se faça restrições ao uso da metafísica.
Vamos encontrar, no Positivismo Lógico, dois tipos de enunciados válidos.
O primeiro se trata do enunciado factual, ou seja, o que são analisados são os fatos. Afinal, fatos podem ser verificados, e por isto é possível extrair um significado. Esta questão foi abordada pela primeira vez no Tractatus Lógicus-Philosophicus de Wittgenstein (Você pode acompanhar um estudo que eu estou realizando nesta obra clicando aqui).
O segundo diz respeito à enunciados não verificáveis, porém verdadeiros nos termos que os compõem.
Ambos enunciados são tautologias, pois não afirmam nada acerca da realidade e das coisas.
Sobre as tendências do Positivismo Lógico, podemos destacar os seguintes pensadores: na análise da linguagem ciêntifica, temos Rudolf Carnap (em âmbito de Matemática e Física) e Hans Reichenbach (na metodologia da ciência). Nesta tendência, os positivistas seguiam acentuadamente o formalismo de Hilbert, que propunha as deduções científicas a partir de axiomas (postulados) pré-definidos que não seriam jamais questionados. Estes seriam o ponto-de-partida para fazer a análise.
Quanto a tendência de analisar a linguagem comum, temos na figura de Wittgenstein um dos seus principais representantes. Isto ocorreu após Wittgenstein se reunir com o Círculo de Viena e assumir os erros de sua primeira obra, o Tractatus. Nestas reuniões com o Círculo de Viena surge o seu segundo trabalho, intitulado "Investigações Filosóficas", e que antes de ser publicado círcula pela Inglaterra e inspira uma série de filósofos. Nesta trabalho diz que a linguagem é uma espécie de jogo que segue determinadas regras, portanto, todos os jogos linguísticos têm o mesmo valor. A única regra que existe para interpretarmos estes jogos é o uso que se faz dele. Assim cabe a filosofia, que analisa a linguagem, esclarecer as expressões linguísticas.
Gilbert Ryle, em seu livro "Conceito do Espiríto", diz que para entender e esclarecer as expressões de linguagem comum, não há necessidade de afirmar a realidade substancial da alma, nem mesmo admitir que a consciência tenha acesso à alma. Através da análise da linguagem é que poderíamos esclarecer as situações mais comuns e recorrentes do homem. É na experiência que poderíamos identificar o mundo dos significados próprios.
Mas nem todos concordavam com esta corrente iniciada pelo Positivismo Lógico. Bertrand Russel, que foi um dos primeiros a investigar o uso da linguagem, que este tipo de prática torna a filosofia inútil. Ele afirma que a filosofia não deve investigar somente a linguagem, mas toda a realidade, e se fundir no saber positivo dado pela ciência.
Oi,amei teu trabalho me foi muito útil no estudo de um seminário que estou para apresentar...
ResponderExcluirBRIGADÃO!!!
Você mesmo sem querer me ajudou muuuuuuuuito...