sábado, 17 de maio de 2008

O Empirismo / Positivismo Lógico

O Positivismo Lógico, conhecido também como Empirismo Lógico, é um movimento filosófico instaurado pelo chamado Circulo de Viena" e que influenciou uma série de pensadores na maneira de resolver problemas relacionados à lógica.

O Positivismo Lógico reduz a filosofia à apenas uma tarefa, que é a análise da linguagem, sendo que duas tendências são ramificadas: A análise da linguagem normal e comum (ou aquela que utilizamos no dia-a-dia) e a análise da linguagem científica.

Uma das características mais marcantes no positivismo é negar qualquer enunciado metafísico. Isto porque a metafísica não pode ser verificada, e sendo assim, é totalmente desprovida de sentido. Como já dissemos antes, o Positivismo Lógico é uma corrente empirista, onde as coisas se dão na experiência, ou seja, é coerente que se faça restrições ao uso da metafísica.

Vamos encontrar, no Positivismo Lógico, dois tipos de enunciados válidos.
O primeiro se trata do enunciado factual, ou seja, o que são analisados são os fatos. Afinal, fatos podem ser verificados, e por isto é possível extrair um significado. Esta questão foi abordada pela primeira vez no Tractatus Lógicus-Philosophicus de Wittgenstein (Você pode acompanhar um estudo que eu estou realizando nesta obra clicando aqui).

O segundo diz respeito à enunciados não verificáveis, porém verdadeiros nos termos que os compõem.

Ambos enunciados são tautologias, pois não afirmam nada acerca da realidade e das coisas.

Sobre as tendências do Positivismo Lógico, podemos destacar os seguintes pensadores: na análise da linguagem ciêntifica, temos Rudolf Carnap (em âmbito de Matemática e Física) e Hans Reichenbach (na metodologia da ciência). Nesta tendência, os positivistas seguiam acentuadamente o formalismo de Hilbert, que propunha as deduções científicas a partir de axiomas (postulados) pré-definidos que não seriam jamais questionados. Estes seriam o ponto-de-partida para fazer a análise.

Quanto a tendência de analisar a linguagem comum, temos na figura de Wittgenstein um dos seus principais representantes. Isto ocorreu após Wittgenstein se reunir com o Círculo de Viena e assumir os erros de sua primeira obra, o Tractatus. Nestas reuniões com o Círculo de Viena surge o seu segundo trabalho, intitulado "Investigações Filosóficas", e que antes de ser publicado círcula pela Inglaterra e inspira uma série de filósofos. Nesta trabalho diz que a linguagem é uma espécie de jogo que segue determinadas regras, portanto, todos os jogos linguísticos têm o mesmo valor. A única regra que existe para interpretarmos estes jogos é o uso que se faz dele. Assim cabe a filosofia, que analisa a linguagem, esclarecer as expressões linguísticas.

Gilbert Ryle, em seu livro "Conceito do Espiríto", diz que para entender e esclarecer as expressões de linguagem comum, não há necessidade de afirmar a realidade substancial da alma, nem mesmo admitir que a consciência tenha acesso à alma. Através da análise da linguagem é que poderíamos esclarecer as situações mais comuns e recorrentes do homem. É na experiência que poderíamos identificar o mundo dos significados próprios.

Mas nem todos concordavam com esta corrente iniciada pelo Positivismo Lógico. Bertrand Russel, que foi um dos primeiros a investigar o uso da linguagem, que este tipo de prática torna a filosofia inútil. Ele afirma que a filosofia não deve investigar somente a linguagem, mas toda a realidade, e se fundir no saber positivo dado pela ciência.

Um comentário:

  1. Oi,amei teu trabalho me foi muito útil no estudo de um seminário que estou para apresentar...
    BRIGADÃO!!!
    Você mesmo sem querer me ajudou muuuuuuuuito...

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