quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Sindrome de Lindemberg

Respeitável mídia! Para o teu deleite, rios de sangue estão sendo derramados abruptamente! Que bom, assim tua sede por tragédias pode ser saciada. Mas basta, pois o que observamos é uma audaciosa gula deste alimento que apenas nos entristece: violência sem sentido.

Em tuas telas acetinadas, sedutoras e no teu apelo forte e sensacional, somos influenciados. Nossos sentimentos são arremessados: dor, medo, raiva, angústia, preocupação, revolta, alívio e distração. E olha que eu não tenho nada a ver com as tuas histórias! Mas ainda assim irei no enterro deste estranho que eu nunca ouvi falar para chorar lágrimas que não me dizem respeito.

Influenciados! Somos doentes por atrocidades e queremos sentir a adrenalina daqueles que estão por trás deste quadrado maldito! É o caos alucinante - o arco-irís de cores obscuras! Estamos em quarentena respirando o aroma da morte - sorrimos, nos encorajamos, pegamos o machado e resolvemos nossos problemas.

Através do olhos da loucura somos encarnados por um espírito maligno que faz com que cometemos crimes por amor! Nossa carência é tão grande que não suportamos a ausência de nossa rainha - o que fazer? Vamos matar! Eu amo tanto que eu mataria (morreria, não?) por amor!

Os monstros estão doentes. Eles estão por matar crianças ingênuas que não sabem o perigo de dizer não. Eles não perdoam e são imperdoáveis. O gênio do mal foi liberto da garrafa e passa a começar pelo ABC paulista, transcede por Sorocaba e desencadeia na Zona Norte paulistana.

Os mídia soltaram um cão raivoso! Ele pode estar lhe observando de longe, preparando-se para agir, para saltar em sua jugular. Os mídia são demônios satânicos! Escrevo evangelhos mais apocalipticos ao retratar a sociedade pulverizada por um veneno mortal, a qual a cura é um milagre inatingível.

Os televisores batizaram seus cavalheiros para combater na guerra contra a vida! Que uma amnésia coletiva possa tomar conta de nós, para podermos retroceder no tempo e aprender a fazer as coisas diferentes, assim reconheceremos nesta anti-vida, a vida que emana por entre os corredores da luz!

E que assim seja.

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