Quando meu leito descansar em paz
Imagino te rumo a minha sepultura,
A prisão do amor em alcatraz.
Faz, Deusa, por segundos minha escultura.
Derrame por mim uma única lágrima
Se ajoelhe e cante para mim uma cantiga
Toque com seus lábios quentes meu rosto
E assim serei feliz na outra vida.
Coloque o teu vestido branco e caminhe descalça
Pelo gramado que te estende como tapete
Atravesse o caminho como a minha rainha
Torne-se em meu funeral ainda mais linda.
Sente-se a minha frente e conte os teus segredos.
Traga-me uma rosa e a perfuma com o teu cheiro.
Derrama em meu jardim uma gota de teu suor
E refloresça a solidão e me acompanhe com o teu tempero.
Faça com que a morte se torne agradável
Transforme os dias de chuva num único dia de sol
Ilumine com a tua vinda toda a escuridão.
Quebre o ar frio com a tua mão.
Escreva o teu nome em meu coração
Arranque minha cruz e insira a tua imagem
Grave uma placa e lado de teu nome insira:
“Aqui jaz alguém que por esta morreu”.
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