segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Masmorra

Sonhos, paixão e declarações.
Abandono, solidão e ilusões.
Sentimentos que mesclados me trazem uma sentença:
Vida eterna na masmorra pedindo a tua clemência!

Tenha dó de mim, musa de meus pensamentos!
Faz frio neste quarto escuro quando não ouço a tua voz...
Tenha dó de mim, monumento dos monumentos!
Corte-me com a tua espada. Acabe com o sofrimento. Tenha dó!

Com os meus olhos cegos e corpo doente
Olho para fora. Lá embaixo toda a vida
Leva o teu nome, a tua forma, a tua semente.
Para onde me movo ao teu mando constroem-se novas minas.

Tenha dó de mim, arquiteta do amor!
Construa um novo reino para juntos governarmos...
Tenha dó de mim, rainha do calor!
Traga a sua beleza para juntos se amarmos... Tenha dó!

No ar que me sufoca, na escuridão que se faz,
Ouço vozes de esperanças, ouço tréguas de paz.
Mas falta a tua real palavra
A única que me satisfaz.

Tenha dó de mim, anjo de minha alma!
Liberte-me das correntes e me traga a sua benção...
Tenha dó de mim, guardiã dos meus traumas!
Traga as chaves da masmorra, liberte o coração... Tenha dó!

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