"Não há outro jeito de livrar-se de uma tentação a não ser sucumbindo a ela" – Oscar Wilde
Esta frase, ao meu ver, deveria ser estampada em qualquer bandeira que hasteia a liberdade. Os homens estão presos dentro do um universo tão infímo e insignificante que logo irão bater a cabeça contra as paredes que lhes prendem à gaiola insuportável da vida: os contratos de compromissos sociais.
Estas convenções são assinadas pelo homem como um gesto de um desvário impensável, uma vez que por sua natureza animal, não lhe apetece abrir mão daquilo que é mais característico em um ser vivo, que é o seu direito de ir e vir, de fazer o que bem entender e de realizar todos os desejos que lhe convir.
O erro mais grave destes contratos é descrever uma moral provisória – visto que a fome do homem por mais, inevitavelmente, fará com que ele acabe por discordar deste papel virtual, ainda quem em silêncio – e é aí que poderá surgir o arrependimento, uma vez que o homem ainda se encontra num estágio covarde onde prefere enganar-se a si mesmo do que satisfazer os seus desejos.
Nesta enganação e neste arrependimento surgem as tentações. Ser tentado é o castigo do homem por manter-se infiel as suas crenças. Ele ficará aflito, angustiado e desorientado, visto que quebrar as convenções sociais lhe parece algo muito caro. Porém a coisa é mais simples do que aparenta: faça o que achar melhor para si mesmo, pois a vida é uma só e não devemos nos prender as espectativas dos outros e as opiniões alheias. Esta é a única maneira de acalmar o espiríto, ser corajoso, manter-se fiel e ser feliz.
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