Em dias de extrema melancolia
Durmo tranqüilo com tua imagem em meu pensamento
Sonhos de nós dois em perfeita harmonia
Mas são apenas ilusões e duram um breve momento.
Acordo num longo estado sonolento
No limiar da alma onde tudo é real
Abraço ao nada e quem me beija é o vento
Pesadelo da vida onde o sonho é fatal.
Abro os olhos e está tudo escuro
São três horas da manhã quando me vejo solitário
Dilato os meus olhos, mas a vida imita a morte...
Cheiro de medo no ar entra nas narinas do destinatário.
Meus olhos exprimem lágrimas de sangue
De tão ferido que está o meu coração
Cicatrizam o meu rosto com uma única expressão
Profecia do fim da vida e olhos de cão.
O céu lá fora chora por meu leito enfermo
O vento toca uma canção assombrosa
E meu peito conhece bem o doloroso refrão
Totalidade de toda dor passada á amostra
Cante, morte, uma música para clarear a escuridão.
Faça com que o sono seja para sempre
Deixe-me descansar próximo ao teu recinto
E abrace-me como os teus braços quentes
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