domingo, 1 de março de 2009

3 a.m.

Em dias de extrema melancolia
Durmo tranqüilo com tua imagem em meu pensamento
Sonhos de nós dois em perfeita harmonia
Mas são apenas ilusões e duram um breve momento.

Acordo num longo estado sonolento
No limiar da alma onde tudo é real
Abraço ao nada e quem me beija é o vento
Pesadelo da vida onde o sonho é fatal.

Abro os olhos e está tudo escuro
São três horas da manhã quando me vejo solitário
Dilato os meus olhos, mas a vida imita a morte...
Cheiro de medo no ar entra nas narinas do destinatário.

Meus olhos exprimem lágrimas de sangue
De tão ferido que está o meu coração
Cicatrizam o meu rosto com uma única expressão
Profecia do fim da vida e olhos de cão.

O céu lá fora chora por meu leito enfermo
O vento toca uma canção assombrosa
E meu peito conhece bem o doloroso refrão
Totalidade de toda dor passada á amostra

Cante, morte, uma música para clarear a escuridão.
Faça com que o sono seja para sempre
Deixe-me descansar próximo ao teu recinto
E abrace-me como os teus braços quentes

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