Sobre as montanhas de tragédias
Que queimam as matas da sanidade
E cavam um profundo buraco no passado
Abrindo a fenda das saudades
Saudades do tempo que estive contigo
Relembrando dias que sentávamos
Sobre um banco esquecido pelo tempo
E que contávamos histórias e cantávamos
Quando fomos cúmplices dos crimes
Que o coração insistia em cometer
E nos prender numa cela num quarto escuro
Enleado por teu cheiro e por teu viver
Tempos onde a chuva caia espumante
Sobre os nossos corpos infantis e verdadeiros
Onde bebia champagne sobre os teus seios
E vivíamos juntos num supremo enleio
Dias em que o sol somente brilhava
Para dentro de nossas sedentas almas
Confissões de estrelas que se amavam
E mesmo no clarear do dia brilhavam
Não há memórias sobre o fim desta história
Do fogo veio o gelo, do calor veio o freio
Não sei como a paixão sucumbiu
Mas desde então esta face não mais sorriu
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