sexta-feira, 20 de março de 2009

Submissão

Não sabes dizer em silêncio
As mágoas retidas num beco alternativo
Pois jamais traduziu em palavras no coração
Não entende a força enigmática que sinto

Sinto uma força que vem de dentro
Um fisgar no peito, um tremor no corpo
Nada que palavras possam transcrever
Apenas uma insanidade por querer te ver

De cair nas águas e nadar num mar
Atravessar oceanos para te alcançar
Transformar-me numa abelha para voar
E no céu vivendo somente para te admirar

Não tenho as palavras que te retenha
Nas tenho os lábios que te esperam
E um corpo que não me pertence
Pois é teu, amor, me dou-lhe de presente

Este desvário que por tu definhas
É a sede de chegar aos teus pés
E se curvar diante do sagrado momento
Um incréduto ateu e um divino monumento

Este vagabundo que por ti ainda vaga
É para dizer ao mundo o quanto te ama
Enquanto o inverno não chegar
Será tu que alimentará a minha chama

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