A morte se aproxima, vagarosos passos
Caminha jubilosa, traços trilhados
O inicio do fim, meu aniversario
Como todos os dias, sozinho e abandonado
Tudo são silencioso, tudo tão vago
O assobio do vento, o balançar do mato
No calor da noite, o choro do gato
Rotina que se segue o meu triste fado
O peito aberto, os pés descalços
Marcando com sangue o asfalto
Crime forjado, misterioso assalto
Rouba-se a vida com um pequeno salto
Promessas de amor, pelo ódio amado
Promessas de vida, pela solidão tratado
Promessas de sucesso, constante fracasso
Promessas de amizade, pela sociedade recusado
Novas esperanças, novamente marcado
Novas decepções, novamente enganado
Dia após dia – indignado
Noite após noite – amedrontado
A vida fica cada vez mais ao lado
A navalha aprende a escutar o chamado
Um corte basta para apagar o passado
Não haverá então mais aniversários.
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