quinta-feira, 12 de março de 2009

Ocaso de um Amor

Devolvo ao teu coração todas as palavras que me foram ditas
Palavras hipócritas e falsas de verdades escondidas
O amor sucumbiu e o ódio renasceu
Foste um anjo que nesta hora morreu.

Feriu a minha alma e meu corpo mórbido
Impregnou o ar com um cheiro sórdido
Enterrou nas profundezas das trevas uma criação inocente
Entoou júrias de paixão infinita e inexistente

Serás que é mulher hedônica?
Porque pintaste minha face e me fizeste o bobo da corte?
Porque me humilhaste tanto em frente aos teus guerreiros?
Porque me reduziste das cinzas ao pó, do pó ao nada?

Porque cometeste crime tão hediondo?
Porque me tiraste da escuridão e me jogaste lá novamente?
Porque iluminaste as frestas da parede e me tiraste do sono?
Porque trouxeste a luz e a me tiraste instantaneamente?

Como pode dócil criatura se tornar apática?
Como pode se mostrar indiferente a todo instante?
Como pode esquecer-se daquele que tocaste o teu espírito?
Como pode fazer de mim um objeto grotesco?

Saturado, ferido, repudiado, enfermo e esquecido
Declaro para todos os fins o ocaso de um amor
Arrependido e envergonhado por todo o amor declarado
Pago por meus pecados a penitência da extrema dor

Nenhum comentário:

Postar um comentário