quinta-feira, 12 de março de 2009

Pobre Coração

Pobre coração aquele que reivindica o amor que já está perdido
E segue absorto e confuso blasfemando contra o desconhecido
Violando as regras que se estabelece em virtude de sua paixão
Perfurando a blindagem da camada belial da bela composição

Pobre coração aquele que rega os pés com lágrimas de esperanças
E renuncia o futuro para viver o presente queimando em chamas
Ungindo a alma com o doce e amargo sulco do teatro de pensamentos
Rogando aos deuses á converterem sonhos impossíveis num só momento

Pobre coração aquele que alimentos frutos improdutíveis
E brandeia ao suspiro de virgens invisíveis
Gabando por imagens esboçadas por palavras de papel
Imaginando extraído da amada todo o seu mel

Pobre coração aquele que acolhe gotas de um amor bastardo
E encerra a noite com o corpo surrado e olhos inchados
Sorrindo á vida quanto há uma troca de olhar
Chamando o anjo carrasco quando os céus o bedear

Pobre coração aquele que ofende o próprio hospedeiro e martiriza a luta
E assim displasia e desonra as próprias estrelas que iluminam a penumbra
Neutralizando as verdades a espreita de suas fantasias
Colocando impurezas pecaminosas atuando sobre vigílias

Pobre coração aquele que se encontra instalado dentro de mim
Que se respira, contrai, inspira e dilata é apenas por ti
Clamando pela primavera que virá nestes tempos ainda mais bonita
Com a vinda de tua presença, de todas as rosas certamente a mais linda.

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