terça-feira, 7 de abril de 2009

Ferida Aberta

Ainda hoje quando olho para o céu
Procuro nas estrelas as respostas do passado
Tanto tempo se passou e eu ainda pergunto porque
Os anos passam e eu ainda sinto um forte estrago

Todos os dias quando chega esta frágil hora
Todas as noites que se estabelecem sem demora
Fico a pensar no dia em que tudo isso irá acabar
Fico a sonnhar no dia em que a gerida irá se fechar

Fecho os olhos e imagino meus bons momentos
Abro os olhos e no rosto escorre excrementos
Estes que são de sangue e que se chamam lágrimas
Que sufocam a sua tragetória e ardem no diafragma

O sonho que se sonha é o paraíso que foi perdido
E tento-lhe resgatar como incansável peregrino
Sem sucesso, sem progresso, o caminhar na escuridão
Na estrada solitária vago com um nobre ermitão

Nem mais penso que das correntes serei libertado
Nem mais penso que por alguém eu serei amado
Procuro as maneiras de suportar esta rotina
Procuro a coragem para enfrentar essa vida

Me digam por qual crime eu sou culpado
Me diga porque fui uma vez mais condenado
Pelas verdade que falei fui visto como um falso
Os inquisidores da verdade me causaram um holocausto

Nenhum comentário:

Postar um comentário