domingo, 5 de abril de 2009

Nada a Declarar

São estes versos que nada dizem
Pois palavras mortas nada declaram
Deste ser que nada representa
Desta vida que nada acrescenta

Tinta gasta para um poema sem razão
Pois digo que nada tenho a dizer
Destas estrofes sem uma explicação
Desta mente que nada tem o que fazer

Não sei mais o que quero escrever
O vácuo ronda a questao do não saber
Nem sorrisos e nem tristezas podem quebrar
O nada que nada mais pode fazer parar

A hora quebrada do único segundo
Esta zero hora que nada diz e nada dirá
Fazem a arte poética de vilã patética
E o que quero dizer é a escrita frenética

Nem paixões, nem amores e nem segredos
Nem lembranças, nem histórias e nem enredos
Nem tramas, nem dramas, nem sonhos e nem inspiração
Nem flores, nem dores, nem odores e nem respiração

São inúteis estes livres pensamentos
Um dia sem cor que nada tem a brilhar
As canções do horizonte não mais cantam
E eu não tenho nada mais a declarar

2 comentários:

  1. Falaê, Evandro!

    Li sua resposta ao meu comentário. Gostei! Bom saber que em breve teremos mais excelentes textos sobre esse filmaço que é Donnie Darko.
    Realmente deve ser muito chato - para não falar frustrante - escrever e não ser lido. Não sei se isso serve de consolo e estímulo, mas se você digitar "Donnie Darko análise", o seu blog é um dos primeiros a serem listados. É de se surpreender que você tenha recebido tão poucos comentários assim.
    Como diria o Johnnie, "Keep walking!" rs Pelo menos dois leitores seus estão se sentindo órfãos... rs
    Ainda estou devendo uma visita mais demorada ao blog. Promessa é dívida. Devo, não nego; pago quando puder! rs

    Um grande abraço,
    Mauricio

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  2. Pedidos atendidos!

    Voltei com a série de análises do filme Donnie Darko!

    Agora acompanhem, comentem e divulguem o trabalho!

    http://www.evenancio.com/search?q=Donnie+Darko

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