sexta-feira, 3 de abril de 2009

Poetas Mortos II

Haverá o dia em que a alma voará
Acima do céu cintilante, estes que
São cobertos de desejo, e nas nuvens restará
O sonho concretizado, a razão do saber

Haverá um júbilo no espaço, a roda
De fogo brilhante, que dizeras agora
A conversão do corpo e o despertar
Da vida, este que se chama "amar"

Estaremos lá, no bosque dos adormecidos
Sentados a beira da fogueira, os esquecidos
Serão lembrados neste alegre recital
Que fará eterno o cônjuge mundo real

Serão ensinados aos discípulos mortais
Os caminhos que levam a trilha do romance
Pelas letras trêmulas as súplicas informais
Dos mestres que aqui escrevem, fervorosos amantes

Desta caverna saem os poetas mortos,
A dança do corações que proclamam eternidade
Comemoram ao som dos infinitos fogos
Que explodem a emoção da paixão e mocidade

Estes que são mortos e jamais morrerão,
Pois vossas almas são imortais, chamam se poetas
Trovadores e artistas na mesma canção
O amor se estabelece como a única regra

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