quinta-feira, 2 de abril de 2009

Primeiro Amor

Meu primeiro amor vem de ventos recentes
A chama que chora trêmula e ardente
Que sufoca o peito por dentro e faz doer
A solidão que completa a essência do não saber

Não saber que em plena mocidade brinca
De fantoches imaginários que até os trinta
Diz se especialista das dores do coração
O santo curandeiro e o antídoto da paixão

Paixão que queima na alma imunda
Que transforma horrorosos sapos em formosuras
Desconcertando todo o tempo e passado
Viver o hoje enleado com coração amado

Amado é o sonho dos poetas adormecidos
Da doce lua e do alimento favorito
Canção morta na floresta esquecida
Não soa mais nota alguma pela mórbida ocarina

Ocarina instrumento símbolo da alegria
Dos momentos que estive contigo na brisa
Dos pensamentos e na sombra da loucura
Do pico da paixão que atinge a máxima altura

Altura que sobrepõe todos os universos
Mas que longe de ti caio até o inferno
Porque te amo, você foi o meu primeiro amor
Te amo, você será sempre o meu único amor

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