quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Sobre Mudanças Climáticas



Este post faz parte da iniciativa Blog Action Day 2009 onde neste ano o tema a ser discorrido é “Mudanças Climáticas” (Alterações Climáticas).

Sobre o tema, basta dizer que por Mudanças Climáticas entendemos como uma preocupação ambiental dada, principalmente, em consequencia da elevação da temperatura em nosso globo terrestre, seja por ações naturais externas ou derivadas da mudança comportamental e sociológica oriundas de um desenvolvimento econômico desigual e, conseqüente, hiperconsumo das massas.

Se por um lado existe um corrente que diz o aquecimento global é inevitável por fazer parte de um processo natural, do outro lado temos quem pense exatamente o contrário. De fato, num mundo regido pelo Deus-Dinheiro, o que mais vemos por aí são cientistas que trabalham para grandes indústrias com o único intuito de corroborar dentro da ciência estas atividades injustas para o desenvolvimento do meio ambiente – e para isto vale até mesmo divulgar relatórios falsos e pesquisas que pouco acrescentam à real dimensão do problema.

Neste contexto observem que há um duelo entre verdades e mentiras que colocam as massas em dúvida sobre o que acreditar. Se as verdades podem ser simuladas e distorcidas, assim como as mentiras possuem teor de verdade, eis que evidenciamos, uma vez mais, o universo hiper-real. O que é inegável, porém, é que convivemos dentro de um sistema onde o aparente dita os caminhos e onde as políticas de consumo são diretrizes máximas de uma sociedade de capital.

Independente da “crença” na origem das mudanças climáticas, que por única e exclusiva manobra da máquina não é um consenso científico, não precisa ser gênio e nem cientista para saber que o nosso estilo de vida é responsável por contribuir – e talvez numa larga proporção – com o aquecimento do planeta. Para isto basta nos valer da energia elétrica.

Toda a eletricidade provém de uma fonte térmica, e isto não necessita de conhecimento técnico nem científico, basta ver que todos os aparelhos que são ligados na tomada produzem calor, assim como os chuveiros elétricos. Além disto, nossos veículos emitem gases que aquecem a superfície do planeta. Tudo isto para desenvolver a economia a qualquer custo e oferecer-nos, a preços exorbitantes, um conforto que não tem razão em ser, a não ser o objetivo final, que é enriquecer monetariamente o sistema.

A pergunta que fica é: a quê custo? Os humanos condicionados pela máquina ignoram os problemas em pró de um universo tecnológico de hiperconsumo e as maravilhas produzidas por ele, sendo que os objetos que antigamente nem pairavam em nossa imaginação já estão disponíveis em nossa Disneylandia virtual. Neste caso, a vida reside neste paraíso ou fora dele?

O cerne básico da resposta é que todos aqueles que vão à qualquer parque de diversão estão lá com o único intuito de se distraírem do cotidiano. Sabem, entretanto, que a vida continua fora daquele espaço – essencialmente sabem que ali é um local de escape e bem-estar que age em contraposição ao sofrimento de viver em um sistema baseado em exploração de recursos (humanos ou naturais).

O que acontece quando a sua vida cotidiana começa a ter a propriedade de se tornar um parque de diversão? O ser humano, obviamente, pede por fazer parte disto. Isto inclui carros confortáveis, celulares hi-techs, televisores imensos, internet móvel e outros “bens” e apetrechos de distração. Nisto tudo a política, sob o discurso já batido de desenvolvimento econômico, ignora totalmente as ações prejudiciais a própria natureza, sendo que os recursos, visto que a terra não é infinita, deverão se esgotar, caso o processo continue nesta mesma batida.

Neste universo hiper-real, não temos certeza se realmente nossas atitudes tão inocentes poderão beneficiar a natureza, portanto não trocamos o nosso conforto pela longevidade do planeta, uma vez que inconscientemente somos egoístas para se preocupar com a existência após a nossa morte.

Esta conscientização é o grande problema a ser resolvido. Se as pessoas começarem a tomar conta que o poder está em suas mãos, elas podem reverter o quadro. Mas só que a luz não é para todos. Como dito na alegoria da caverna de Platão, ainda que alguns vejam a verdade, simplesmente a massa ignora os fatos, diante da alteração de seu cotidiano.

Sabemos que um grande malefício para as mudanças climáticas está na forma como passamos a usar o solo. A natureza não agüenta tanta agressão. Simplesmente criamos centenas de zonas urbanas apenas para melhor acomodar as pessoas, o que, de fato, não seria algo tão ruim, desde que fosse de forma planejada. Antes existia uma zona rural que foi substituída por zona urbana constituída por inúmeras casas, o que já representa uma mudança brusca no uso do solo. Porém hoje temos as casas substituídas por inúmeros prédios, o que traz problemas de estrutura e organização, além de novos problemas socioambientais, como acúmulo de lixos e concentração de veículos.

Minha visão pode ser pessimista, mas justamente por não depositar a minha fé no homem, acredito que as coisas só caminharão para um desfecho positivo após colocarmos tudo à beira do fim. Isto significa que só após a queda voltaremos a nos reerguer da forma correta. Isto provavelmente irá acontecer quando os recursos começarem a se esgotar de modo que as empresas comecem a perder dinheiro – e talvez seja tarde demais para tentar voltar atrás, porém este é o risco que eles assumiram por si mesmos.

Lógico que há uma série de entidades filantrópicas, ONGs e ativistas ambientais que lutam para que haja uma política forte que restrinja as empresas a fazerem o que bem entendem com os recursos naturais e uma fiscalização eficiente nas práticas ilícitas, assim como cumprimento das leis ambientais. Eles fazem um trabalho árduo e precisam ser apoiados.

Todavia, a ignorância do homem aliada ao autossustento do sistema construído pela máquina não me deixa muito otimista para que mudanças emergenciais – tão necessárias – sejam tomadas de imediato. Acredito, porém, que sempre haverá um belo de um discurso retórico que visem adotar medidas para o inalcançável amanhã.

Vamos aguardar a conferência das mudanças climáticas organizadas pelo ONU, em Copenhagen (Dinamarca), neste final do ano, e vamos ver o que acontece neste ano de 2010. Mas pelo sim ou pelo não o fato é que grande parte das medidas poderiam ser tomadas por nós, que em parte somos responsáveis pela situação como um todo.

Um comentário:

  1. Somos uma Associção Amigos do Pontal totalmente Ecológica, e gostarimos de representar o Brasil juntos os demais lideres, para dar nossas necessidades opinioso de suma importância referente ao clima e Aquecimento Global, pois Devemos e podemos ajudar no Brasil! Combater esse vilão com a participação Mundial para termos credibilidade!
    http://amigosdopontal.blogspot.com
    Mentor: Sérgio Leal Tavares.
    tel: 22 27792152 22 81149564

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