quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Crianças... Crianças?
Eu amo as crianças em quase toda a totalidade. O rosto inocente, a crença em lendas que nós criamos e mesmo as artes que nos tiram do sério. Adoro aquelas crianças que se sujam de comida, que assistem desenhos animados, que pedem bonecos para brincar. Sou fissurado em crianças que brincam de casinha, de carrinho, que andam de bicicleta e que empinam pipas. Adoro estas crianças.
Porém, por onde andam estas crianças? Estou com saudade delas, pois há muito tempo que não as vejo. Me parece que uma certa fase do crescimento foi cortada: temos bebes e temos adolescentes, porém as crianças se foram. Temos um caso chocante em Londres de dois meninos de 10 anos que são acusados de estuprarem uma menina de apenas 8 anos. Isto durante uma brincadeira de esconde-esconde.
E - quem diria? - isto ocorreu em Londres, no centro do primeiro mundo. Não sei se nós, como brasileiros, devemos ficar felizes ou tristes por saber que a barbárie não é uma característica verde-e-amarela. Rivalidade a parte, o que mais dói é saber que não é a primeira vez (nem a segunda) que fato semelhante aconteceu. Mas o pior mesmo é ser pai de crianças pequenas, consciente do mundo sujo que logo estará disponível para elas.
10 anos de idades... Não consigo imaginar como crianças de apenas 10 anos de idades podem ficar excitadas a ponto de enrijecer os seus membros e atacar uma menina que mal ingressou na escola(sendo que já é difícil imaginar que crianças tão jovens tenham membros que funcionam para este tipo de coisa).
De quem seria a culpa pela ausência de inocência em nossas crianças? Não sei precisar, porém temos dois caminhos inversos onde podemos encontrar esclarecimentos para tal:
1) Ou a culpa é do excesso e o fácil acesso da informação, que possibilita que crianças tenham acesso a uma quantidade abundante de material adulto (seja pornográfico, temático, complexo ou violento) - sendo que, devido a baixa idade, uma vez que aquelas coisas não podem ser compreendidas, elas passam a ser imitadas.
2) Finalmente temos acesso a estas notícias (graças ao excesso e fácil acesso da informação) e as coisas sempre foram assim. Desde os tempos de Caim e Abel temos conflitos tortuosos entre situações absurdas, como no conflito familiar.
Ainda poderíamos seguir uma linha onde um é consequência do outro. Visto que roubamos a identidade infante de uma criança, temos uma avalanche de casos brutais envolvendo os jovens. Talvez seja assim mesmo, talvez não, tentar compreender o ser humano nunca foi tarefa simples e não será agora que o nosso trabalho será facilitado. Ao contrário, nunca foi tão difícil entender quais são as reais motivações entre homens e mulheres.
Porém parece que a loucura também chegou as camadas mais jovens, aquela que não há nada mais senão viver, e o que nos resta, tão só, é o péssimo que surge com uma falta de esperança quanto ao futuro da humanidade. Mas calma lá, caros amigos, pois antes de finalizar este artigo sou renovado a continuar a luta contra o pensamento fabricado. Antes do ponto final, minha pequenina filha olha para mim e diz: "pai, o papai noel não vai entregar meu presente? ele está demorando muito!". Ufa, a inocência ainda existe. A esperança foi renovada. Amanhã continuaremos a batalha.
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