domingo, 30 de janeiro de 2011

Profanação



Profanação, de Tim LaHaye e Jerry Jenkins, é o nono livro da série Deixados Para Trás, que conta a história do apocalipse nos dias atuais sob o ponto de vista cristão, uma vez que um dos escritores é um pastor evangélico consagrado nos Estados Unidos. Como já dito anteriormente, a série vem caindo de nível desde o quinto livro – aonde vinha se mantendo bem interessante, porém, com este livro, a série chegou ao seu pior momento.

Este não é somente um livro ruim, mais um dos piores livros que eu li em muitos anos. Ainda não sei como continuarei a ler a série, pois não espero que ela traga mais nada de bom. Acredito que os autores se perderam justamente por idealizar uma série muito longa, porém sem planejamento. Ou seja, precisam escrever apenas para cumprir cronograma, então é necessário quantificar abandonando a qualidade.

Óbvio que isto é somente especulação, porém a queda em relação aos volumes iniciais, que eram intensos e muito interessantes, não passou despercebida nem para o cristão mais fervoroso, nem para o crítico mais moderado de literatura. Pude constatar que isto é uma grande verdade.

Saber que as coisas não melhorar muito não me deixam com vontade de continuar a seguir adiante com a série, mas espero que um dia a curiosidade me desperte e eu volte para finalizar os doze volumes.
Quanto a este volume em sim, Profanação já começa mal ao exterminar duas das personagens mais interessantes da série: Hattie Durham e o mestre da tecnologia David Hassid. Graças a esta personagem o volume anterior, A Marca, havia sobrevivido, trazendo alguma coisa de interessante. Porém ele morre neste volume e ficamos a ver nuvens no enredo.

Quanto a Hattie Durham então, morre de uma maneira simplória como se fosse uma mera coadjuvante, sendo que ela era uma das principais e chegou a ter um papel-chave na série. A morte dos dois foi motivo de indignação na comunidade.

Carpathia, o anticristo, aquele homem carismático e charmoso dos primeiros volumes, agora beira ao ridículo com o seu comportamento. Segundo estudiosos, esta figura bíblica deveria ser retratada por alguém muito sedutor que enganaria a multidões, entretanto este Carpathia não engana ninguém. O exagero de sua figura contrasta com a peculiaridade de antigamente. Se antigamente os autores faziam uma leitura contemporânea do livro do apocalipse, agora estão reescrevendo a história ao pé-da-letra.

Enfim, este é um livro muito ruim e que quebra toda expectativa que criamos no início de Deixados Para Trás. Espero, de verdade, que o texto melhore nos próximos volumes, mesmo não acreditando que isto irá acontecer. Até lá!

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