quarta-feira, 25 de junho de 2008

Guerra Civil: A Batalha das Vizinhanças

Ontem, lastimavelmente, um colega teve o seu veículo danificado enquanto trabalhava. O veículo estava na rua, justamente pela carência de vagas em estacionamentos pagos, sendo que a empresa não tem espaço para fornecer estacionamento próprio. Enfim, este foi mais um ato de vandalismo praticado pela vizinhança, o que está se tornando frequente na região.

Há pouco menos de dois meses, o meu veículo foi riscado profundamente entre a porta da lateral direita até o farol dianteiro. Dias antes, um outro colega teve os seus quatro pneus murchados. Tudo na mesma região. Afinal, o que está acontecendo?

É sábido por todos que a construção da uma empresa com capacidade para 2000 funcionários em uma área residencial não é bem-vinda pelos moradores. O movimento aumenta na região, carros circulam com maior frequência, enfim, todos os problemas que uma empresa pode gerar ao se instalar numa área pacata.

Enfim, os funcionários da empresa, que se locomovem de suas residências para o seu local de trabalho nos seus próprios veículos, precisam estacionar o carro na rua. A maior parte dos vizinhos se irritam com um carro parado em frente a sua casa (mesmo que não estejam em guia rebaixada ou em frente a uma garagem) e acabam por cometer estas barbáries, como riscar o carro e furar o pneu. Como agravante, nestes casos, estamos falando de um bairro nobre.

Isto acontece devido a ignorância e egocentrismo das pessoas residentes desta região, salvo algumas exceções, que não conseguem - não querem - entender que os carros que estão parados em frente a sua casa são de pessoas que estão trabalhando e estão ali por falta de uma melhor opção. São trabalhadores que estão na batalha e na luta pela sobrevivência neste sistema sujo a qual estamos sujeitos. São pessoas que compram um veículo em inúmeras parcelas e que destinam parte de sua renda para ter a possibilidade de trabalhar, e que tem o seu bem danificado pela mesquinhes de alguns que só conseguem olhar para dentro si.

Esquecem que no mundo há outras vidas, e não somente a sua, e que ali estão homens e mulheres que deixam a sua família para buscar o sustento e não deixar faltar as coisas em casa. São pessoas que precisam, em sua grande maioria, do dinheiro, caso contrário não precisariam passar pela humilhação de todos os dias em seu ambiente de trabalho. Tenho certeza que se estas pessoas tivessem a possibilidade de escolha, iriam preferir ficar com os seus filhos em casa.

Gente, não há lugar no mundo para esta escória nojenta de pessoa imundas que tentam intimidar o cidadão em seu direito com ameaças tão fúteis. Este tipo de transgressão é um crime contra o patrimônio privado. Estão danificando um objeto que tem proprietário e isto configura uma atitude criminosa. Não há diferença entre um estuprador psicopata e uma pessoa que comete este tipo de vandalismo quando se trata de violação dos direitos.

Ninguém esta pedindo que façam alguma, mas seria muito bom se simplesmente não fizessem nada. Afinal qual é o sentido destes atos? Quem irão impressionar? Será que seus filhos estão sendo bem educados ao saber que os seus pais riscam o carro de quem para em frente a sua casa?

Vamos em frente, meu povo! Vamos caminhar em direção ao progresso! Para trás não dá mais...

Um comentário:

  1. Lembrando que não é errado pensar antes em si mesmo do que nos outros. Na verdade, fundamentalmente sempre é assim. O problema é quando esse comportamento invade e prejudica o próximo. Pior ainda quando há intenção, quando isto é arquitetado. Ao invés de construir coisas boas, as pessoas planejam o mal e ainda reclamam que o mundo está uma droga.

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