Felizmente eu tive a sorte de encontrar em meu ambiente de trabalho uma série de pessoas com pensamento crítico e fundamentado que permite, esporadicamente, que algumas idéias possam ser debatidas com muita empolgação por todas as partes.
Tive uma conversa que gostaria de deixar alguns fragmentos registrados até para que possa voltar a estes pontos posteriormente, de modo que possa repensar certas coisas que foram ditas nestes bate-papos.
Basicamente falamos sobre a situação política de nosso corrupto país. A motivação vem de certas manobras que o banqueiro Daniel Dantas vem fazendo junto com os seus aliados para escapar impune por seus crimes, e até mesmo utilizar da própria lei para punir aqueles que querem a sua cabeça.
o argumento remonta a teoria de Raskolnikov, protagonista de Crime e Castigo, que diz sobre as pessoas extraordinárias e que estão acima da lei, sendo que estas podem cometer qualquer tipo de atrocidade que estarão impunes as leis que eles controlam e alteram quando bem entender.
Dentre as coisas importantes colocadas em pauta, destaco algumas: é possível mudar a nossa atual situação? Como mudar? Um destes amigos insistiu na mudança orientada na base, ou seja, na educação. Mas então coloquei "não há problemas neste sistema. O capitalismo funciona perfeitamente pelos seus criadores e não tem porque ser alterado. O explorador esta cada vez mais rico e no controle, e os explorados cada vez mais pobres e controlados. Então quem irá querer mexer na educação?". É meio assombroso, mas é o que está mais próximo de nossa realidade.
Depois chegamos ao argumento que o ideal seria um estado provisório provocado por um golpe militar, que puniriam aqueles que estão atualmente no poder, expulsariam do país e assim realizaríamos uma nova eleição. Desta forma os próximos candidatos saberiam que o Brasil é dos brasileiros, e não de meia dúzia de pessoas. Porém, para isto acontecer, precisamos de uma espécie de novo Messias, alguém que nos inspire a mudança.
Por fim, a próxima coisa que talvez poderia mudar a atual situação política seria explorar de tal maneira o trabalhador comum que este não mais teria condições de consumir superfluos e mesmo commodities. É o que eu chamei antes de Suícidio Capital. Isto geraria uma histeria coletiva gerada pela necessidade e uma espécie de caos provisório se estabeleceria.
Então surgiu a necessidade de termos um homem forte, um referencial, uma figura que nos inspire para que seja o primeiro a iniciar um movimento onde todos acabem por se espelhar e dar a sua contribuição. Exaltado, cheguei a exclamar que deveríamos busca esta forma num herói nacional que havia lutado por nosso país em outros tempos, mas então um destes amigos afirmou: "Pior que não temos nenhum". Será que ele tem razão? Na hora até surgiu alguns nomes, mas como não conheço a história a fundo destes personagens, me mantive em silêncio. Num momento futuro, gostaria de pesquisar a respeito de algumas figuras brasileiras para saber a autenticidade de suas ações.
No modelo pacífico, temos Paulo Freire, mas ele não é bem um revolucionário no sentido do combate. E é de um herói com características militares que precisamos neste momento.
Papo este para outro post. Até lá.
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