Seguem-se dentro destes singelos versos
Páginas de lembranças esquecidas,
De amores inviáveis, de almas feridas.
A pele rasgada frente ao peito aberto.
Viaja um barco solitário por entre as águas
Quebrando ondas de medo, tempestades de mágoas.
A esperança reluz as trevas das noites negras
Brandeando o coração por insanas veredas.
As palavras esboçam nestas folhas ingratas
Sonhos que não sonhei bocas que não beijei,
Cultos de paixão em melodiosa canção sacra.
Virgens que não toquei verdades que não falei.
Cicatrizes que sangram a cada suspiro teu
Letras que não se lêem, mas que pulsam na vida,
Que murmuram temos no ouvido meu
E seguem em sombras mórbidas saudades traídas.
Este papel é banhado em lágrimas entristecidas
De tentativas de fuga e de inexistências saídas
Paradoxo de incertezas jamais ousadas
Libertação de vozes de anjo amaldiçoadas.
São dias que o espírito que ainda se alegrava
Pelo olhar de musas ao extremas apaixonadas
Não se sabia por que o consciente se enganava
Só se sabia que as primaveras ficariam marcadas.
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