Esplendor do fogo, chamas ardentes,
Tragédia prevista, dores conseqüentes,
Insanidade marcada nas barbas do profeta
O peso das correntes nas lembranças eternas
O sangue coagulado marca a face ferida
As águas do tempo curam com o ódio recíproco
Deixando marcas profundas nas nuvens lívidas
A cada fim de tarde uma tempestade cai aos pés
Algumas vezes se ouve um grito estridente no ar
E sente brandear a terra que colhe o corpo morto
Na linha entre a morte e a Morte caminha absorto
Resolvido a abrir as portas e voar
Abre os olhos e a luz corta o pavimento
Cega o escuro e vacila entre a vida
Uma estrada desconhecida surge no momento
Prostitutas, poder e ódio o fascinam.
Morrer no inferno e renascer num caixão
Fazendo da carne algo tão insignificante
Que os limites quebram na imensidão
E despertam a consciência para um mundo ignorante.
Cada exemplar de um pedaço de lágrima
Vende-se por menos de uma nota envelhecida
Renascer entre animais que bebem o pecado
E festejam a morte esperando seu chamado
Nenhum comentário:
Postar um comentário